2 Capitulo.

                                        Link Da Música: https://www.youtube.com/watch?v=Qti2X20w_gA

-Você poderia me dizer á hora?_Quando ele olhou em meus olhos, arrependi-me completamente de ter perguntado isso á ele. Podia ser qualquer pessoa, menos o cara que esnoba todos que ele tem ao seu redor, que não são poucos. Fiquei sabendo da existência desse ser quando foi informada que passaria a estudar no mesmo colégio que ele. Não acreditei. Ele é tão arrogante e esnobe. Seus olhos encaravam os meus, ele não respondia. Um completo idiota. Quase ia desistir quando ouvi sua
voz.

-15:50._Assenti apenas com a cabeça e sorri de canto. Saindo de perto dele. Seus olhos não saiam de mim. O que chegava á me incomodar. Eu diria que ele era ainda mais lindo de perto. Seus olhos, seu sorriso, seu cabelo. Eu diria. Se ele não fosse Justin. o Garoto popularmente conhecido por aqui. Só porque pode ter "Tudo" que quiser. Resumindo: Um Idiota completo. Enquanto a porta do trem se fechava, seu olhar não saia de mim. Senti meu rosto quente. Olhei seus olhos quando a porta finalmente se fechou. Eu ainda podia ver seu rosto enquanto o trem se afastava pela pequena janela na porta. Suspirei depois que não consegui mais vê-lo. Pedi internamente que se acalma-se algo dentro de mim. Talvez a raiva.. Ou não.

_Hey Vivi._A pequena Ally pulou em meu colo quando apareci na porta do hospital. A-abracei e beijei seu rosto.

-Trouxe um presente._Peguei na bolsa á pequena caixa de bombons e á entreguei. Vendo-a sorrir imensamente pra mim. Dinheiro nenhum comprava o sorriso de uma criança tão especial como essa. Apesar de ser tão pequena e tão frágil. Ally era forte. Desde que nasceu luta contra um câncer e eu a-amo muito desde que a-conheci enquanto fazia uma das minhas visitas de rotina em hospitais ajudando crianças como essa. No entanto, á pequena está á espera de alguém que possa lhe
doar uma medula óssea, o sangue dela não circula muito bem.. Ela sofre com isso. Mas não é o tipo de pessoa que demonstra. É forte e tão guerreira. Um amor.

-Quando eu vou poder voltar á sua casa?_Mesmo se esforçando, eu sentia um ar mais fraco vindo de sua voz. Sorri de canto.

-Assim que ficar bem.

-E quando irei ficar?_Suas pequenas mãos brincavam com os cachos das pontas do meu cabelo, enquanto eu acariciava seu rosto.

-Logo. Eu prometo._Beijei sua testa.

Me despedi da pequena com dificuldade. Não queria deixa-lá, mas era necessário. Ela seria submetida á mais alguns exames de sangue. Não me deixavam ficar. Para uma pessoa de apenas 5 anos ela era bem forte. Abandonada ainda bebê e vivendo sempre dentro de um hospital, era forte e cheia de vida. Alegrava as outras crianças e isso era algo que eu amava nela. Voltei para o metrô e peguei outro trem com destino á outro hospital. seriam dias de visitas incansáveis.

(...)

Á noite eu voltava pra casa. Meus pais não estavam. O que foi ótimo. estava cansada demais pra conversar. Depois do banho, enquanto secava os cabelos, ouvi meu celular tocar. Peguei-o, sem olhar o identificador.

-Victoria Price, pode ir me dizendo onde estava todo esse tempo._Sorri. Só podia ser Michelle.

-Eu também senti saudades. Meu dia foi ótimo. Obrigado por perguntar e o seu?_Disse com ar de sacarmo e ouvi a risada sem graça da minha amiga.

-Sinto muito. Espero que esteja bem realmente. Senti sua falta.. Só fiquei preocupada, não me ligou.

-Estive ocupada.. Me desculpa.

-Visitando hospitais?

-Você sabe que sim. Fui ver Ally._Uma ponta de saudades e dor soou na minha voz. Podia jurar que ela sabia, mesmo do outro lado da linha.

-Como ela está?_Perguntou.

-Não muito bem. Ainda estamos á espera do transplante.

-Você vai conseguir.. Não deve ficar assim. Ela é forte.

-Espero que sim..

-Tenho uma novidade.

-Sério? Qual é dessa vez?

-Temos uma festa amanhã. Você terá que ir. Não aceito não como resposta. Nós vamos escolher as roupas certas não adianta me
dizer que não sabe o que vestir. Passo aí amanhã cedo.

-Eu estarei esperando.

-Nossa. Sério? Pensei que iria protestar.

-Não hoje. Estou cansada demais. Tenho que dormir. Beijos. Te amo._Esperei á resposta do outro lado, não muito diferente do meu e desliguei. Cai na cama e mergulhei no sono.. No sonho com lindos olhos azuis. Olhos azuis que me fizeram tão bem e tão mal por tanto tempo. Ele parecia estar ali, Pedindo desculpas. Eu se negava á desculpar.. Ele implorava, eu continuei negando.. Ele me puxou pelo braço, machucando-me, eu gritei, mas ela não queria me ouvir.. Acordei. Suspirei. Passei as mãos pelo cabelo. Respirei fundo. Meu ex namorado ainda atormentava meus sonhos.. Ele era a pior pessoa do mundo, como eu conseguia ainda pensar nele? Odiei-me nesse momento. Eu o-odiava. Voltei a deitar, mas o sono demorou a vir dessa vez.

(...)

-Bom Dia._Ouvi a voz da minha amiga se aproximar. Espriguiçei-me e sorri pra ela sentando na cama.

-Bom dia._Ela me cumprimentou com um beijo na bochecha.

-Pronta? Então vamos lá.

-Vai com calma. De onde tira tanta energia de manhã?_Disse indo ao banheiro. Tomei um banho rápido. Com aquele ser no meu quarto, não poderia demorar muito. Coloquei uma roupa pro dia que estava bastante frio. Uma calça jeans preta, uma blusa moletom, minhas botas e uma touca. Encontrei minha amiga sentada na minha cama mexendo no celular. Ela sorriu pra mim me
puxando para fora. Cumprimentei meus pais rapidamente e saímos em direção ao shopping.

-Nós precisamos de um carro._Michelle reclamou quando descemos do táxi. Eu ri.

-Não temos dinheiro para um carro._Ela fez careta e acabou aceitando minha conclusão. Entramos e saímos de várias lojas. Eu estava exausta. Finalmente Michelle achou a roupa que segundo ela, ficaria perfeita em mim. Não me deixou ver. Voltamos pra casa quase que á noite. Tivemos tempos de tomarmos banhos e nos vestirmos. Uns amigos de Michelle viriam nos buscar. Não tinha nada a fazer a não ser aceitar. Finalmente estávamos prontas. Me olhei no espelho e me admirei. Realmente
estava linda. Um belo vestido preto um pouco acima dos joelhos de mangas longas, Uma bota sem cano da mesma cor e  um chapéu preto. Uma leve maquiagem, contornando os cílios e realçando os belos olhos verdes. Michelle também estava linda. Mas a mesma preferiu ficar com uma calça jeans e uma jaqueta preta, também de botas. Ouvimos a buzina e descemos. Despedi-me dos meus pais e entramos no carro. Não conhecia nenhum ali, mas fui simpática com todos. Acabamos entrando em um assunto qualquer.

Á festa era aquelas típicas belas festas de adolescentes, em uma bela casa, muita bebida, música alta e pessoas se agarrando por toda a parte. Entramos e Michelle me apresentou á algumas novas pessoas. Reconheci alguns colegas do colégio e fui cumprimenta-lós. Uns instantes depois, Michelle se aproximava com duas bebidas, pediu licença e me puxou pra um canto.

-Você não sabe quem tá aqui._Disse tomando um gole da bebida.

-Quem?

-O Cam. Ele está aqui._Meus olhos demonstraram a raiva que eu senti ao apenas ouvir seu nome. Realmente não queria vê-ló por aqui._Mantenha distância daquele idiota. Vem. Tem um garoto que quer te conhecer.

-Não quero conhecer ninguém.. Prefiro ficar só.

-Você que sabe. Estou por aí._E saiu para algum lugar. Voltei ao meu lugar de antes e pude vê-ló. Pela primeira vez em meses. Ele estava ali. Caminhava em minha direção de um jeito elegante e sorridente. Fiquei estatica. Não me movi. Ele parou a alguns centímetros de mim. Eu não sabia o que falar. Á música foi aumentada e era uma melodia conhecida. Sorri. A música caiu como uma luva para o momento. Ela falaria por mim.

(Miss Movin' On- Fifth Harmony. Ouça á música lendo.)

                        "Estou rompendo, vou começar do zero.

                         Agitada como um brinquedo.

                         Meus lábios estão dizendo adeus.

                         Meus olhos estão finalmente secos.

Caminhei para o meio da pista no qual se encontrava uma multidão, Os passos de dança saíram involuntários. Apenas pensei só em mim nesse momento. Dancei naquela pista. Não me importava com os olhares. Com um olhar principalmente, estava me encarando sem acreditar. Entendendo que a letra da canção significava o que eu queria dizer. Sorri com o resultado.

                            "Eu não sou mais do jeito que eu costumava ser.

                             Tirei o disco da repetição.

                             Você me matou, mas eu sobrevivi,

                             E agora eu estou voltando viva.

Fechei os olhos ao sentir alguém se aproximar e juntar seu corpo ao meu, movimentando meu corpo no ritmo que a música pedia. Deixei-me ser conduzida por ele. Seu cheiro tão bom, pude sentir. Suas mãos em minha cintura enquanto eu dançava de costas para ele.

                                "Eu nunca vou ser a garota mais uma vez.

                                   Não oh oh

                                 Eu nunca vou ser a garota mais uma vez.

                                   Não oh oh

Senti seus lábios em meu pescoço, roçar delicadamente a região, me fazendo arrepiar. Sorri. Os passos ficaram mais rápidos. Ainda de olhos fechados, fiquei de frente para ele abraçando seu pescoço. Sentindo ele me conduzir.

                                     "Minha inocência está se esgotando,

                                      Mas meu coração está crescendo forte.

                                     Então me chame, me chame, me chame

                                      Senhorita, que segue em frente

                                        Oh oh oh

                                      Senhorita, que segue em frente

                                        Oh oh oh

Meus olhos finalmente se abriram quando um sorriso se formou em meus lábios. Olhei para o garoto que ainda estava abraçando minha cintura. Meu sorriso sumiu de imediato.

-Eu sou...

-Eu sei quem é você. Não encoste em mim. Não chegue perto._Interrompi antes que ele terminasse, Empurrei seu peito e sai de seus braços, saindo dali. As pessoas me olhavam como se não acreditassem. Eu não seria mais uma a cair no papo do Justin. Ele parecia não gostar de ser contrariado e eu havia feito isso. Um sorriso satisfeito se formou em meus lábios.